quarta-feira, 15 de julho de 2009

Razão pra quê?

Vivo com o coração sempre saltando pela boca, dificilmente eu deixo a razão me vencer. Como é que eu posso ter escolhido a tal da Psicologia como carreira? Difícil explicar.
Mas ao mesmo tempo que me vejo totalmente guiada por esse coração que as vezes bate mais forte que um tambor em dia de carnaval, o que mais me ncanta na Psicologia não é a sua racionalidade ou a falta dela, mas a necessidade de viver com o ser humano, de lidar com ele... eu gosto mesmo é de pessoas. Pessoas que como eu têm sentimentos, necessidades, anseios, dúvidas e questionamentos... ser humano que muitas vezes não reconhece seus próprios direitos, sua capacidade... ser humano que não conhece seu coração.
Ser humano tão desconhecido, que a ciência te buscado compreender tão atentamente. Ser humano assim como eu. Com coração que tem asas, e razão que tem pés.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Quem são as suas borboletas?

Uma historinha pra refletir... vale a pena ler até o final.

Esta é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta distante há muitos anos atrás. Eram elas, um cavalinho e uma borboleta.
Na verdade, não tinham praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas se aproximaram e criaram um elo. A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta enfeitando a paisagem. Já o cavalinho, tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue à natureza. Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta e a partir daí sua liberdade foi cerceada. A borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta.Gostava de fazer companhia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho. Assim, todos os dias, ia visitá-lo e lá chegando levava sempre um coice, depois então um sorriso.Entre um e outro ela optava por esquecer o coice e guardar dentro do seu coração o sorriso. Sempre o cavalinho insistia com a borboleta que lhe ajudasse a carregar o seu cabresto por causa do seu enorme peso. Ela, muito carinhosamente, tentava de todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possível por ser ela uma criaturinha tão frágil.
Os anos se passaram e numa manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar o seu companheiro. Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do cabresto. E vieram outras manhãs e mais outras e milhares de outras, até que chegou o inverno e o cavalinho sentiu-se só e finalmente percebeu a ausência da borboleta. Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela. Caminhou por toda a floresta a observar cada cantinho onde ela poderia ter se escondido e não a encontrou. Cansado se deitou embaixo de uma árvore. Logo em seguida um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que fazia por ali. -Eu sou o cavalinho do cabresto e estou a procura de uma borboleta que sumiu. - Ah, é você então o famoso cavalinho? - Famoso, eu?É que eu tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga e falava muito bem de você. Mas afinal, qual borboleta que você está procurando?- É uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoa a floresta todos os dias visitando todos os animais amigos. - Nossa, mas era justamente dela que eu estava falando. Não ficou sabendo? Ela morreu e já faz muito tempo.- Morreu? Como foi isso? - Dizem que ela conhecia, aqui na floresta, um cavalinho, assim como você e todos os dias quando ela ia visitá-lo, ele dava-lhe um coice. Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou a ninguém.Insistíamos muito para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que tinha feito naquela manhã e era aí que ela falava com a maior alegria de você.
Nesse momento o cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza e de arrependimento. - Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo. Ela sempre me disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que ela recebeu desse outro cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois ficou muito doente, triste e sucumbiu e morreu.- E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias? - Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte:"Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema que eu nunca pude ajudá-lo a resolver. Carrega no seu dorso um cabresto, então será cansativo demais pra ele vir até aqui.

Na vida de cada um de nós, podemos até aceitar os coices que nos derem quando eles vierem acompanhados de beijos, mas em algum momento da sua vida, as feridas que eles vão nos causar, não serão mais possíveis de serem cicatrizadas, e é aí que dó de verdade... Quanto ao cabresto que temos que carregar durante a nossa existência, não devemos culpar ninguém por isso, afinal muitas vezes, nos mesmos que colocamos no nosso dorso. Mas as borboletas que temos na nossa vida, sempre fazem tudo valer a pena =]

terça-feira, 7 de julho de 2009

Enfim férias...

Ah como eu gosto das férias. E nem é só porque acabou o estágio, não tem mais provas, não tem monitoria, correria, nem aulas chatas.

Eu gosto das férias porque é tempo de tirar a roupa velha do armário, de dar geral no quarto, de tirar tudo aquilo que nãos serve mais e jogar fora. É tempo de dar espaço nas gavetas para novos acontecimentos, para novos papéis.

Férias. É tempo de pensar no que passou, é tempo de se preparar para o novo. É tempo livre.

Férias. É tempo de mudar o visual, de inventar o que fazer. Tudo, menos o tédio.



E como férias não são pra vida toda, infelizmente, que venha o 8º período de Psicologia. =] Porque delas eu vou sentir saudade. Que máfia hein.


quinta-feira, 2 de julho de 2009

E Deus onde está?

Ontem veio a notícia de mais um avião que caiu, mas desta vez com uma sobrevivente. Como é que pode uma menina frágil e que quase não sabe nadar (seu pai a definiu assim), sobreviver durante horas num mar escuro até o momento em que foi salva? Perguntas sem respostas e que fazem a gente refletir um pouco sobre a vida que a gente leva, na fragilidade assumida dessa mesma vida, e no quanto são preciosos os momentos que a gente vive com verdadeira intensidade, afinal de contas pode ser o último! Sensacionalismo da minha parte? Pode até ser. Mas são nesses momentos e em tantos outros que têm aparecido nesta mídia tão sensacionalista quanto eu, que eu agradeço a Deus pela existência e por ter tantas pessoas especiais ao meu redor.

Falando em pessoas especiais hoje é dia dela. Leidy. Felicidades.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Entender pra quê?

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação." [Lispector.]

Porque nos dias em que eu me sinto meio sem entender, meio sem saber o que falar, é ela que sempre tem uma palavra que signinica exatamente como eu me sinto. E hoje eu me sinto assim... meio Lispector.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Metade da laranja pra que?

Certo dia estava lendo um livro sobre terapia de casal (não... não era pra mim!) para uma prova de estágio da faculdade, e surpreendentemente alguma coisa ali me chamou atenção e é sobre isso o meu post de hoje.
O livro dizia sobre a insistência dos casais em procurar no parceiro a sua metade, alguém que seja capaz de pensar como você, de adivinhar seus pensamentos, de adivinhar o que você precisa, de te completar de verdade... e me veio na cabeça a seguinte pergunta: Será que é por isso que os relacionamentos de hoje, na maioria das vezes, estão acabando por qualquer motivo e não são tão duradouros?
Não, eu não estou louca.
Pra que procurar a metade da laranja, a tampa da panela se nós já nascemos perfeitos, e completos? Porque acreditar que sem o outro eu não sou capaz de viver se sou eu que guio meus próprios passos? Além disso, se o outro sabe o que eu penso, se adivinha meus desejos, onde está o prazer da conquista, do mistério, e de toda a magia que deveria compor os relacionamentos?
Cada um de nós é um ser único, com a sua própria subjetividade, com o seu caráter, suas qualidades e defeitos (será que a psicologia tá fazendo efeito?). Então deixemos de lado essa busca constante e inútil que nos induz a procurar no outro algo que já existe dentro de cada um de nós. É só procurar... se encontrar!
Busquemos no parceiro(a) um amor que não seja pelas metades, que seja amigo e parceiro, que entenda o olhar mas não porque nos completa, mas porque existe cumplicidade. Encontremos alguém pra caminhar junto, pra crescer junto, pra lutar junto, pra ensinar e pra aprender... Alguém que respeite o limite e o espaço de cada um. Que a nossa busca constante não seja pela metade da laranja, mas por uma laranja inteira.

Um beijo grande pro meu amigo querido Samuel. Que sempre me ensinou tanto.
http://www.palavraincerta.blogspot.com

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pra que?

Eu que gosto de me aventurar junto das palavras, eu que gosto de expressar aquilo que sinto, um blog claro ;]
Torcendo para que eu não apague este como os outros.